Em minhas memórias olfativas
Sinto cheiro de mato verde,
Cheiro de terra recém molhada,
Trazendo à tona lembranças vivas
Dos tempos de pipa colorida,
E dos moleques na correria da comilança.
[Refrão]
São lembranças que o tempo não apaga,
Cheiro de infância, alma que não se cala.
Só envelhece quem esquece de sonhar,
Criança mora em quem sabe amar.
Vejo a carne no alpendre, pendurada,
O banho no açude era liberdade,
Ninguém se importava com o tempo
A eternidade era a brincadeira da molecada.
A eternidade era a brincadeira da molecada.
Só envelhece quem não se reconhece criança
Só envelhece quem esquece de sonhar,
Criança mora em quem sabe sorrir, sonhar e amar.
[Refrão]
São lembranças que o tempo não apaga,
Cheiro de infância, alma que não se cala.
Só envelhece quem esquece de sonhar,
Criança mora em quem sabe amar.
Pela janela do vagão,
- abro o peito a sonhar -
Observo o mundo que passa correndo
E descubro de alma risonha:
Só envelhece quem não se reconhece criança
Só envelhece quem esquece de sonhar,
Criança mora em quem não leva a vida tão à sério
É o tempo que passa
É vida que segue.
Mesmo atrevida, ela prossegue
Num sussurro anuncia a despedida,
Numa contagem regressiva.
[Refrão]
São lembranças que o tempo não apaga,
Cheiro de infância, alma que não se cala.
Só envelhece quem esquece de sonhar,
Criança mora em quem sabe amar.
* * * * *