Salatiel Diniz ∴
Operário da Escrita - lapidando palavras, construindo universos!
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Textos

É o Meu Nordeste, Seu Moço

Seu moço, me dê licença

Pra lhe falar umas verdades

O moço pode até ser letrado,

Mas é analfabeto em felicidade.

 

Aqui no meu nordeste,

Quem manda é o coração

A sabedoria do meu povo

Vem do chão batido,

Do aboio que ecoa no sertão,

Do riso largo e do peito aquecido.

 

Me diga, seu moço, com franqueza:

Qual povo é mais feliz que o meu?

Aqui no meu Nordeste tem festa acesa

Da folia de Reis até o Auto de Natal.

 

Tem coco, xaxado e baião

Samba de roda, xote arretado de bom,

Tem frevo, ciranda e martelo agalopado,

E se preferir tem muito axé,

Pro moço brincar e pular

Nos dias de folia.

 

Aqui é sol, é fé, é chão,

É forró batendo no coração!

Tem sabor, tem voz, tem cor,

É o meu Nordeste, seu moço! (repete)

É o meu Nordeste, seu moço!

 

E se a barriga do moço reclamar

É só vir pras nossas bandas

Que o moço vai encontrar:

Um bom vatapá, bobó e acarajé

Sarapatel e cuscuz com queijo coalho

E um café bem quentinho.

 

Sururu, baião de dois e carne de sol

Buchada pros mais afoite,

Beiju e bolo de rolo,

Comida de alma, de raiz e de terreiro

Aqui, seu moço,

A fartura é o nosso tesouro verdadeiro.

 

Aqui, seu moço, ninguém passa fome não!

 

 

Salatiel Diniz
Enviado por Salatiel Diniz em 13/04/2025
Alterado em 13/04/2025
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