Vida que desabrocha, como fruto
- de árvore que não plantei.
Fruto doce e angelical,
- pertencente à luz da lua
Que impediram-me de contemplar.
Encontros e desencontros
Plantas, que não fertilizei.
Lágrimas contidas,
Desenhados com a pena vibracional
- de nossas mentes subconscientes.
Vidas geradas em qual dose amarga de licor
- que precisei sorver.
Vidas, de minha vida;
Noutras almas hão de gerar,
Vidas lindas e angelicais
Que sonho contemplar e amar.
Ainda que, [na sutileza do pêndulo da vida]
Sinta o barulho angustiante
- do silêncio silenciado
A gritar no âmago de minh’alma
- lembrando-me a contagem regressiva
Do relógio da vida.
Eu sou, a centelha do EU SOU.
Que vibra vida [de sua ancestralidade]
E vibra por vidas [que serão geradas]
Pelas árvores que germinei.
Eu sou, uma centelha divina
Ainda que, angustiada e decepcionada
- com vidas, que nesta vida [não gerei].
A esperar por vidas, noutras vidas
- de vidas que sempre amei.